A tradição do Kung Fu relata que as escolas marciais da velha China eram administradas dentro de um sistema quase familiar. O mestre era considerado como um pai e sua esposa como mãe. Os alunos mais antigos eram tidos como irmãos mais velhos e tratados com todo o respeito. As pessoas que iniciavam o treinamento juntas tratavam-se umas às outras como irmãs.
Os discípulos que entrassem depois delas eram tratados como irmãos mais novos e mereciam toda a atenção e prestimosidade. Dentro desse espírito de fraternidade os outros mestres eram também respeitados por seus conhecimentos e mesmo que dois mestres não se dessem entre si, seus discípulos os respeitariam igualmente e jamais fariam críticas ao outro mestre.
Foi esse respeito mútuo que garantiu a sobrevivência do Kung Fu até nossos dias, e quando os mestres de Kung Fu deixarem de se respeitar dessa maneira, ou se permitirem criticar a outros mestres diante de seus alunos, estarão contribuindo para o desaparecimento do Kung Fu.
"O discípulo Li certa vez perguntou ao Mestre Shiu se tinha ouvido falar no Mestre Pu Hao, cuja técnica era inferior e de origens desconhecidas.
Foi esse respeito mútuo que garantiu a sobrevivência do Kung Fu até nossos dias, e quando os mestres de Kung Fu deixarem de se respeitar dessa maneira, ou se permitirem criticar a outros mestres diante de seus alunos, estarão contribuindo para o desaparecimento do Kung Fu.
"O discípulo Li certa vez perguntou ao Mestre Shiu se tinha ouvido falar no Mestre Pu Hao, cuja técnica era inferior e de origens desconhecidas.
Mestre Shiu respondeu que nunca havia ouvido falar em Mestre Pu Hao, mas que conhecia Mestre Hao, que era um mestre respeitável e que, embora possuísse poucos conhecimentos técnicos, contribuía muito para a preservação dos verdadeiros conhecimentos do Kung Fu."
Fonte: O "Espírito Marcial" - Marcos Natali (Editora Ediouro)
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